Teologias feministas e movimentos de mulheres na Argentina: contribuições para pensar a construção do poder popular

Conteúdo do artigo principal

Marianela García

Resumo

As reflexões sobre o poder representam uma demanda do momento para os povos da América Latina. Embora sempre presentes na academia e nos movimentos sociais, as categorias de entendimento sobre o poder têm sido múltiplas e em disputa: da compreensão do poder como valor negativo, à relativização das estruturas hegemônicas, e ao desaparecimento do sujeito como agente social. É neste quadro histórico, político e social que se torna essencial do campo dos estudos da comunicação reconceituar o poder a partir de uma perspetiva popular, de forma a compreender os processos sociais e culturais presentes nos países “periféricos” face à blocos hegemônicos, que representam uma ameaça real aos processos de emancipação e soberania. Recuperar discussões sobre poder e sujeitos levanta a necessidade de encontrar chaves que nos permitam gerar articulação e unidade nos movimentos populares, bem como gerar transformações políticas mais sólidas. Nesse sentido, os movimentos de mulheres apresentam hoje o desafio de se consolidarem como muro de contenção de projetos neofascistas, rompendo com visões conservadoras da ordem social e com discursos de “salvei quem puder”, para abrir caminho para outra forma de relacionamento-ligação que permite traçar pontes de compreensão e irmandade com o sofrimento da alteridade. O presente trabalho tenta recuperar reflexões e práticas dentro dos movimentos de mulheres na Argentina para avaliar as propostas de construção do poder popular que suas ações representam no espaço público, dentro e fora das organizações políticas tradicionais. Da mesma forma, esta reflexão incorpora a articulação dos referidos movimentos com a Teologia Feminista Latino-Americana, sob a hipótese de que a proposta ética dos referidos religiosos se articula com as práticas de transformação da ordem social propostas pelos movimentos de mulheres, feminilidades e diversidades na órbita nacional.

Biografia do Autor

Marianela García, Universidad Nacional de la Plata

dra.marianelagarcia@gmail.com

Doctora en Comunicación – FPyCS-UNLP / Directora del Observatorio en Comunicación, Estudios de Género y Movimientos Feministas FPyCS.

Argentina.

Referências

Austin, J. L. (1990) ¿Cómo hacer cosas con palabras? Palabras y Acciones. Paidós.

Agamben, G. (2018). El uso de los cuerpos. Homo Sacer, IV, 2. Pre-Textos.

Beck, U. (1998). La sociedad del riesgo: hacia una nueva modernidad. Barcelona: Paidós ibérica.

Bourdieu, P. y Wacquant, L. (1995). Respuestas. Por una antropología reflexiva. Griajlbo.

Bourdieu, P. (1997). Razones prácticas. Sobre la teoría de la acción. Anagrama.

Bourdieu, P. (2000). Poder, derecho y clases sociales. Desclée de Brouwer.

Butler, J. (2002). Cuerpos que importan. Sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. Paidós.

Dri, R. (2001, Junio 18). La construcción del poder popular. Revista Koeyu Latinoamericano. Archivo Chile. Disponble en: http://www.archivochile.com/Debate/debate_izq_latina/debatizqlatina0003.pdf

Dri, R. (2008). Movimientos Sociales. La emergencia del nuevo espíritu. Buenos Aires, Editorial Nuevos Tiempos.

Dri, R. (2011). De la multitud al pueblo, del no poder al poder popular. Revista Herramienta(N° 46).

Dri, R. (2018). Clases proporcionadas en el marco del Seminario de Posgrado “La construcción de poder popular” dictado por Rubén Dri y Antonio Fenoy en 2018, para el doctorado en Comunicación de la Facultad de Periodismo y Comunicación Social de la Universidad Nacional de La Plata (inédito).

Femenías, M. L. (2012) 2ed. Sobre sujeto y género. (Re) lecturas feministas desde Beauvoir a Butler. Prohistoria ediciones.

Foucault, M. (2007 [1970]). La arqueología del saber. Siglo XXI.

García, M. (2016). La ética cristiana, una experiencia de la diversidad. Entrevista con la teóloga feminista brasileña Ivone Gebara. Revista Con X. Ediciones de Periodismo y Comunicación. Disponible en: https://perio.unlp.edu.ar/ojs/index.php/conequis/article/view/CXe014/3052

Gebara, I. (2002). El rostro oculto del mal: una teología desde la experiencia de las mujeres. Trotta.

Gebara, I. (2014). Filosofía feminista: brevísima introducción. Doble clic.

Gramsci, A. (1975). Cartas desde la Cárcel. Cuadernos para el Diálogo.

Huergo, J. (2002). Hegemonía: un concepto clave para comprender la comunicación. Facultad de Periodismo y Comunicación Social – UNLP [Internet]. [citado 25 jul 2019]. Disponible en: https://perio.unlp.edu.ar/sitios/opinionpublica2pd/wp-content/uploads/sites/14/2015/09/P2.1-Ficha-de-c%C3%A1tedra.-Huergo.pdf

Laclau, E. y Mouffe, C. (2010). Hegemonía y estrategia socialista: hacia una radicalización de la democracia. Fondo de Cultura Económica.

Pateman, C. (1995). El Contrato sexual. Anthropos.

Perry, C. L. y Jessor, R. (1985). The concept of health promotion and the prevention of adolescent drug abuse. Health education quarterly, 12(2)169-184. Inglaterra: Health EDCO.

Rabinow, H. y Dreyfus, P. (2001). Michael Focault. Más allá del estructuralismo y la hermenéutica. Nueva Visión.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.