Tres cuerpos, la misma frontera: Perspectivas del tiempo y existencias en los desplazamientos por el sur global

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Fabio Ferreira Agra

Resumen

Este artículo propone una reflexión sobre espacios y temporalidades a partir de la muerte de tres niños y un adulto mientras atravesaban las fronteras motivado por desplazamientos forzados. Las imágenes de los cuerpos de Alan Kurdi, Mohammed Shohayet y Angie Valeria y su padre Óscar Alberto Martínez Ramírez nos conducen a la coexistencia de espacios y temporalidades de distintas fronteras. El análisis de este artículo traspasa las fronteras de Turquía con Grecia, Myanmar con Bangladesh y los Estados Unidos con México, espacios donde ocurrieron las muertes. En ese sentido, se propone que las imágenes hagan eco sobre otras imágenes de la misma estructura que lleva a la muerte a personas que se arriesgan en busca de un lugar seguro donde vivir.  Son imágenes que evocan las mismas vicisitudes a las que se enfrentan a diario quienes se desplazan de manera forzada, especialmente cuando se trata de cuerpos de sujetos del sur global y, que se reproducen dentro de una mimesis que representa los mismos tiempos y espacios, pero, también, otros cuerpos. Estas imágenes simbolizan la era de los desplazamientos forzados desde el sur global, en la que las fronteras son, en este sentido, dispositivos de control que impiden viajes seguros y que matan gente. En la contemporaneidad hay un aumento significativo de los desplazamientos forzados que, si bien son un problema global, son un fenómeno que se cataliza en el sur, tanto en relación con los países que obligan a las personas a desplazarse para convertirse en refugiados, en los países que los acogen. De esta forma, los desplazamientos forzados de los últimos años nos han traído algunas reflexiones sobre la visibilidad y las imágenes que se entrecruzan desde una territorialidad, ya sea instituida por la experiencia mediática como acontecimiento o por la experiencia de los cuerpos que inscriben sus propias narrativas y sus propias imágenes.

Biografía del autor/a

Fabio Ferreira Agra, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Comunicação

Universidade Federal Fluminense

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