Universidades emergentes no Brasil experiências da Unila, UFSB e UFFS

Conteúdo do artigo principal

Rafael Arenhaldt
Maria Elly Herz Genro
Jaime José Zitkoski
Elizabeth Diefenthaeler Krahe
https://orcid.org/0000-0002-5890-5107
Lúcio Jorge Hammes
https://orcid.org/0000-0003-0658-4628
Nádia Fátima dos Santos Bucco
Bernardo Sfredo Miorando
Camila Tomazzoni Marcarini
https://orcid.org/0000-0003-2176-888X
Claudete Lampert Gruginskie
Henrique Safady Maffei
Nilson Carlos da Rosa
https://orcid.org/0000-0002-5885-3554
Renata Castro Gusmão
Vanessa Porciuncula
https://orcid.org/0000-0001-7622-6135
Carlos Alessandro da Silveira
https://orcid.org/0000-0002-0927-7941
Lilo Gonzales Dermann
Jurema Garcia Machado

Resumo

Este ensaio é resultado da pesquisa Universidade, Formação Política e Bem Viver: Estudo dos Projetos de Universidades Emergentes no Brasil tendo por cenário as experiências de três universidades recentemente criadas no Brasil: a Universidade da Integração Latino Americana (Unila), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Destaca elementos históricos disruptivos nos processos de construção das universidades brasileiras e seus movimentos instituintes em contextos emergentes, com
foco nas dimensões da interdisciplinaridade; da articulação
ensino, pesquisa e extensão e do diálogo com a comunidade.
Para tanto, este ensaio de abordagem qualitativa consistiu em análise bibliográfico-documental das instituições estudadas em diálogo com Goergen, Laval, Martins, Santos e Trindade. Os resultados apontam que essas universidades acompanharam as tendências atuais da universalização da educação superior, inclusiva, interdisciplinar e com compromisso social. No Brasil essas experiências caminham entre as “certezas do passado e incertezas do futuro”, cientes de que ações governamentais
com mudanças constitucionais, cortes nos orçamentos e restrições às liberdades acadêmicas e à autonomia universitária, representam um retrocesso nas construções que emergiram destes novos projetos de universidade.

Biografia do Autor

Rafael Arenhaldt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Rafael Arenhaldt

Professor Adjunto da Faculdade de Educação e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Maria Elly Herz Genro, UFRGS

Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Jaime José Zitkoski, UFRGS

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

 

Elizabeth Diefenthaeler Krahe, UFRGS

Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Referências

Brasil (1988). Constituição de 1988 (Brasil). https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:constituicao:1988-10-05;1988

Brasil (2016). Emenda Constitucional 95. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2016/emendaconstitucional-95-15 dezembro-2016-784029-publicacaooriginal-151558-pl.html

Brasil (2018a). Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018.

Brasil (2018b). Relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE – 2018. INEP. Brasil (s/d). A democratização e expansão da Educação Superior no país 2003 – 2014. Ministério da Educação.

Cattani, A. D. (2019). Riqueza e desigualdade na América Latina. Zouk Editora.

Dardot, P., Laval, C. (2016). A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal. Boitempo Editorial.

Franklin, L. S. (2014). Universidade, Cidade, Cidadania. Editora Hidra LTDA.

Freire, P. (2015). Pedagogia da esperança: Um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Paz e Terra.

Goergen, P. (1996). A crítica da modernidade e a educação. Revista Pró-Posições, 7(2), [20], 5-28.

Goergen, P. (2010). Formação superior: entre o mercado e a cidadania. In: Pereira, E. M. A. (Org.). Universidade e currículo: perspectivas de educação geral. Mercado de letras.

Leite, D., Genro, M.E.H., Braga, A.M.S. (2011). Inovação e Pedagogia Universitária. Editora da UFRGS.

Maciel, A.S. (2010). Indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão: Um balanço do período 1988-2008 [Tese de Doutorado]. UNIMEP.

Martins, C.B. (2009). A Reforma Universitária de 1968 e a Abertura Para o Ensino Superior Privado no Brasil. Educ. Soc., 30(106), 5-35.

Nogueira, A. (2004). A extensão e a pesquisa na formação do educador. Cabral Editora e Livraria Universitária.

Ricoeur, P. (1986). Do texto à ação: ensaios de hermenêutica. Rés, v.II.

Santos, B.S. (2010). A Universidade no Século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. Cortez.

Solano-Alpízar, J. (2015). Decolonizing Education or Accepting the Challenge of Taking a Different Path. Revista Electrónica Educare, 19(1), 117-129. https://doi.org/10.15359/ree.19-1.7

Sousa Júnior, J.G.(2012). Da universidade necessária à universidade emancipatória. Editora UnB.

Takayanagui, A. D. (2014). La universidad en la sociedad del conocimiento: hacia un modelo de producción y transferencia de conocimientos y aprendizajes. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 19(3), 549–559. https://doi.org/10.1590/s1414-40772014000300002

Trindade, H. (1999). Universidade em ruínas na república de professores. Vozes.

Trindade, H. (2013). Por un nuevo proyecto universitario: de la “Universidad en Ruínas” a la “Universidad Emancipatoria”. Revista do IMEA UNILA. Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

Universidade de Brasília – UnB (2021). História. http://www.unb.br/a-unb/historia

Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS. (2020). Sítio institucional. https://www.uffs.edu.br/