Será que estamos mais preocupados com o não errar do que com o aprender?

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José Alberto Romaña Díaz
Angélica Vier Munhoz
https://orcid.org/0000-0002-2644-043X

Resumo

Trata-se de um trabalho vinculado ao Grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates), mais especificamente ao projeto de pesquisa intitulado A aula como criação: interfaces com a docência, o ensinar e o aprender, tem por objetivo investigar a aula, na relação com a docência e com os processos de ensinar e aprender, tomando-a enquanto possibilidades de criação. Esta investigação está também relacionada aos estudos do Programa de Pós-Graduação em Ensino (linha Formação de professores, estudos do currículo e avaliação), realizado na Universidade do Vale do Taquari - Univates (RS/Brasil).  Em meio a tais inserções, a presente escrita parte do questionamento: será que estamos mais preocupados com o não errar do que com o aprender? A partir dessa questão busca-se pensar com o auxílio da pesquisa-acontecimento conforme Sandra Corazza, no sentido de tensionar algumas imagens de um acontecimento da própria práxis. Assim, toma-se o erro como possibilidade de errância, de linhas que se desviam do caminho pré-estabelecido, de modo que, por meio do enigma, do problema que desacomoda, outras imagens possam ser criadas. Para tal fim, desloca-se a discussão clássica em torno do erro no ensino-aprendizagem e toma-se como indicador de criação de outros problemas, do pensar de outros modos, de uma aprendizagem através das forças dos signos segundo Gilles Deleuze. Acredita-se que a compreensão do erro, assim como a nossa preocupação com o não errar, mais do que com aprender, poderia ter implicações na mudança da concepção do erro no cotidiano escolar, nas práticas filosóficas e nas concepções de infância.

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