O projeto de modernidade e a exclusão do diferente

Conteúdo do artigo principal

Silvia María Salazar Giraldo

Resumo

Neste artigo, pretendemos refletir sobre como o projeto de modernidade imposto ao nosso continente desde o final do século XV carrega em si uma rede de práticas que excluem e fragmentam tanto o ser humano quanto a natureza, bem como saberes e modos de conceber o mundo ou mundos.


 


  Baseia-se nas teses de Enrique Dussel, por exemplo, a do mito da civilização ocidental que explica, através de sete pontos, como esse projeto gera vítimas e sacrifícios que ele chama de "bárbaros", entre outros aspectos.


         Por outro lado, menciona-se como esse projeto hegemônico "inventou" o que chamou de América e, a partir de então, impôs-se um modo de ser-fazer-ser-relacionar-viver/no mundo, uma situação que continua no século 21, como produto da colonialidade, componente essencial desse projeto, sua "face oculta". 


          Da mesma forma, analisa-se como o projeto moderno coloca natureza e cultura como dois antagonistas, ou seja, o primeiro como um bárbaro que deve ser dominado, e o segundo como um produto do espírito humano que deve dobrar a natureza. Assim, ele contrasta as categorias de corpo – alma, inferior – superior, justificando o exercício de a violência colonial do poder.


 


Trata-se de um artigo de reflexão desenvolvido no âmbito de uma tese de doutorado sobre educação; Por fim, considera-se a importância de repreender os discursos hegemônicos/modernos, a fim de sair da matriz euro-americanêntrica e alcançar a construção de outras formações que partam do olhar genuíno dos povos, de seus contextos e memórias.

Biografia do Autor

Silvia María Salazar Giraldo, Fundación Intercultural Barule

Magíster en Estudios Interdisciplinarios del Desarrollo

Referências

Castro Gómez, S. (2010). La hybris del punto cero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá, Colombia: Editorial Pontificia Universidad Javeriana

Dussel, E. (1992). Conferencia 2: De la “invención” al “descubrimiento” del nuevo mundo. En 1492: El encubrimiento del otro (pp. 23-37). Plural; Universidad Mayor de San Andrés.

Dussel, E. (1998). Ética de la liberación en la edad de la globalización y de la exclusión. Trotta.

Dussel, E. (2012). Meditaciones anticartesianas: sobre el origen del antidiscurso filosófico de la modernidad. En R. Grosfoguel, R.

Almanza Hernández (eds.), Lugares descoloniales: espacios de intervención en las Américas. Pontificia Universidad Javeriana.

Dussel, E. (2000). Europa, modernidad y eurocentrismo. En E. Lander (comp.), La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas Latinoamericanas. Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. http:// bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/lander/dussel.rtf

Dussel, E. (2008). Meditaciones anti-cartesianas: sobre el origen del antidiscurso filosófico en la modernidad, Tabula Rasa 9, 153-197.

Escobar, A., & Pedrosa, Á. (1996). Pacífico: ¿desarrollo o diversidad? Estado, capital y movimientos sociales en el Pacífico colombiano. Cerec; Ecofondo.

Mignolo, W. D. (2007). La idea de América Latina: la herida colonial y la opción decolonial. Gedisa.