A exploração mineira como motor do conflito sócio-cultural no município de Lloró, Chocó, Colômbia

Resumo

O principal objetivo desta pesquisa é analisar a relação entre os conflitos socioculturais no município de Lloró, Chocó, Colômbia e a mineração aluvial nos últimos 10 anos (2007-2017). A partir disto, constata-se que existe uma correlação entre a configuração de um modelo de mineração de ouro com diferentes atores que aumentaram os problemas familiares e comunitários. 
Para esta pesquisa, foram realizadas entrevistas semi-estruturais com líderes comunitários, organizações comunitárias (Conselho Comunitário) e funcionários da Prefeitura Municipal de Lloró, que forneceram informações relevantes e convincentes para afirmar que os conflitos no município se devem ao aumento da atividade mineira, que começou em 2008 com a entrada de aproximadamente 37 retroescavadeiras de propriedade de estrangeiros e com a permissão da Prefeitura Municipal, conselhos comunitários e famílias proprietárias da terra.
Embora em 2012 este número tenha caído para 25 retroescavadeiras, os conflitos se agravaram com a chegada de quadrilhas criminosas. Até agora, em 2016, no município havia aproximadamente 10 dragões e 2 para o ano 2017.

Este estudo mostra que quando se passa de um modelo sócio-econômico agrícola para um modelo sócio-econômico mineiro, liderado por estrangeiros e estrangeiros, são geradas rupturas sociais e culturais, e uma mudança substancial é causada na relação dos cidadãos do município, o que mostra que existe uma relação estreita entre cultura, comportamento social e atividade econômica.
Os principais aspectos onde as mudanças são evidenciadas são o sociocultural com música, dieta alimentar, idioma, vestuário, meio ambiente, a mudança no comportamento sociocultural dos jovens e o início dos homicídios; No aspecto familiar, foram identificados problemas nos limites ou limites entre famílias, problemas na posse ou propriedade da
terra (as famílias não chegam a um acordo para alugar ou vender terra para mineração, as famílias lutam pela posse da terra, as famílias não chegam a um acordo sobre a redistribuição dos lucros); e no aspecto comunitário, problemas nos limites e limites entre comunidades e entre municípios.